sexta-feira, 20 de abril de 2012

XII SUDESTE PET 2012 - UFES - VITÓRIA/ES


 O XII SUDESTE PET aconteceu dos dias 05 a 08 de abril de 2012, na Universidade Federal do Espírito Santo – UFES, em Vitória. Foram quatro dias de programação que teve como tema: “Vivência no PET: Impactos na Formação Profissional e Social”. O grupo PET Pedagogia esteve presente no evento, representado por quatro petianas que muito desfrutaram da programação oferecida. 

 Dentro da programação do encontro, aconteceram algumas atividades, como os Grupos de Discussão e Trabalho (GT e GD), onde se falou sobre diversas temáticas. A que o PET Pedagogia se ateve foi ao GT e GD de Verbas Custeio, ai se focou nas questões de pedido de esclarecimento quanto à dificuldade de recebimento de verba, principalmente na diferença de valores recebidos entre os grupos PET’s.
Foi colocada a questão dos trâmites para recebimento de verbas: como conversar com os órgãos responsáveis (SESU, MEC, CAPES)? Qual o procedimento correto para a prestação de contas? Sugeriu-se a formulação de uma nova carta e/ou documento pedindo esclarecimentos acerca das verbas de custeio, bem como a criação de um manual, que explicite o tipo de material que pode ou não ser comprado com a verba de custeio. Ao final dos questionamentos feitos durante o grupo, elaboraram-se as seguintes propostas para se enviar ao ENAPET (Encontro Nacional dos grupos PET’s):
  1. Cobrar da Secretaria de Educação Superior a lista na qual o órgão divulgaria a situação de todos os tutores.
  2. Vinculação da verba de custeio como bolsa complementar na conta do tutor e o tutor prestariam contas.
  3. Reforçar o pedido da cartilha explicativa da verba de custeio (pedido feito no ENAPET 2011).
  4. Criar uma “Assessoria de Comunicação” a fim de melhorar a relação, bem como a comunicação entre os grupos PET e o MEC, e a relação entre os grupos PET e as IES.
  5. Reforçar a proposta quanto à efetivação do SIGPET para os grupos antigos.

Outra atividade do encontro foi à apresentação de trabalhos. O PET Pedagogia submeteu três trabalhos: Esperando e Aprendendo: Uma interlocução de saberes; Esperando e Aprendendo - sala de espera-se: saúde, informação e diversão e “ReCRIAndo”. As apresentações de trabalhos nestes encontros são de fundamental importância, pois, neste momento descobrimos quais as atividades que os outros grupos PET da região Sudeste desenvolvem, assim podemos trocar informações para o aperfeiçoamento das nossas atividades.
 A participação em eventos deste tipo é muito importante para o nosso crescimento como petianos, ela nos possibilita uma série de conhecimentos, troca de experiências, idéias, panorama de funcionamento dos demais grupos, discussões, além da força política que o os grupos podem exercer quando se unem. Acreditamos que dentro desses eventos nos fortalecemos, enquanto estudantes universitários, que prezam pelo conhecimento de excelência dentro e fora das salas de aula. Sempre desenvolvendo nossas atividades junto à tríade universitária: ENSINO, PESQUISA e EXTENSÃO.

segunda-feira, 16 de abril de 2012

PROJETO RECRIANDO


Solange Maria Mol
Cleidiane das Graças Bento
Jorbely Viçoso Torres
Maria das Graças Dias Lelis
Rosilane Kátia
 
Introdução

O “ReCRIAndo” é um projeto que foi criado no segundo semestre de 2011 pelas petianas, com o apoio da tutora do PET Pedagogia/Conexão de Saberes da Universidade Federal de Ouro Preto – Célia Nunes, e em parceria com a Terapeuta Ocupacional do Centro de Referência da Infância e Adolescência – CRIA de Mariana/Minas Gerais – Priscila Lemos.

O CRIA é um amplo espaço aberto à comunidade. Lá são oferecidas atividades lúdicas e recreativas aos jovens, com intuito de desenvolver habilidades e potencialidades. O espaço conta com quadra poliesportiva, piscina, biblioteca, Padaria-escola, diversas salas, entre outras coisas. Esse espaço fica localizado num bairro afastado de Mariana, e tem como a maioria de seus freqüentadores, crianças e jovens em situação de vulnerabilidade social.

O principal objetivo é desenvolver por meio do brincar, atividades lúdicas educativas que capacitem e promovam o desenvolvimento individual físico, mental e emocional. Tendo como princípio formular oficinas que possam proporcionar às crianças diversão, alegria e prazer, procuramos abordá-las sempre de uma forma leve, pretendendo garantir também, adesão à oficina e a participação efetiva dos envolvidos.

Levando-se em consideração o interesse das petianas em atuar nesse espaço, resolveu-se criar uma oficina lúdica, que permitisse que os frequentadores dessa instituição tivessem maior contato com o ambiente escolar e ao mesmo tempo aprender brincando. Pois como nos diria Vygotsky (1991) “a brincadeira cria para as crianças uma zona de desenvolvimento proximal que não é outra coisa senão a distância entre o nível atual de desenvolvimento, determinado pela capacidade de resolver independentemente um problema, e o nível de desenvolvimento potencial determinado através da resolução de um problema, sob a orientação de um adulto ou de um companheiro mais capaz.”

O principal objetivo é desenvolver por meio do brincar, atividades lúdicas educativas que capacitem e promovam o desenvolvimento individual físico, mental e emocional. Tendo como princípio formular oficinas que possam proporcionar às crianças diversão, alegria e prazer, procuramos abordá-las sempre de uma forma leve, pretendendo garantir também, adesão à oficina e a participação efetiva dos envolvidos.

O principal objetivo é desenvolver por meio do brincar, atividades lúdicas educativas que capacitem e promovam o desenvolvimento individual físico, mental e emocional. Tendo como princípio formular oficinas que possam proporcionar às crianças diversão, alegria e prazer, procuramos abordá-las sempre de uma forma leve, pretendendo garantir também, adesão à oficina e a participação efetiva dos envolvidos.

Materiais e métodos

O nosso público-alvo são crianças que frequentam à instituição e que mostram interesse em participar das oficinas, que são pensadas e oferecidas pelas petianas envolvidas no projeto sob supervisão e acompanhamento da Priscila - Terapeuta Ocupacional da instituição e da Célia - tutora do grupo PET Pedagogia.

Estabeleceu-se que as intervenções aconteceriam às quartas-feiras, de 9:00 às 11:00 da manhã, em um espaço previsto da instituição que mais se adequar as necessidades da atividade planejada.  Utilizamos materiais, para a realização da oficina, como: livros infantis, lápis de cor, lápis de escrever, borracha, folha A4, cartolinas, tesouras, papel cartão, barbante, giz de cera, cola branca, canetinha coloridas, tinta e material reciclável (caixinhas de leite, garrafas pet, dentre outros).

Procuramos nos basear no que expõe Almeida (2004), de que “o brincar é uma necessidade básica e um direito de todos. O brincar é uma experiência humana, rica e complexa” buscando organizar nossas ações através de métodos que privilegiassem e procurassem desenvolver o lado crítico e reflexivo das crianças envolvidas. Assim como por meio do lúdico, dos jogos divertidos e do brincar criativo, explorar a capacidade de transgressão do real, a imaginação e a boa vontade dessas.


Resultados e Discussão

Realizamos uma oficina em Dezembro de 2011 e que teve a duração de cinco encontros. Procuramos um tema norteador, que foi trabalhado durante todos os dias. Nessa oficina, as crianças envolvidas variaram de 6 a 13 anos e todos eram de uma casa que acolhe e cuida de crianças separadas dos pais, que estão sob a tutela do Estado, por diversos fatores, sendo este lugar, um abrigo para menores.

O tema norteador escolhido para a oficina foi “Respeito às Diferenças”, levando em consideração as peculiaridades do público que seria envolvido. No primeiro encontro foi feita uma dinâmica de integração do grupo, o conto do livro infantil: “A Festa no Céu” que fala sobre as diferenças, em seguida foi feita uma discussão sobre a história; No segundo encontro as idéias mais importantes da história foram relembradas e uma nova história foi criada coletivamente (cada um criava um pedaço e foi montando a história com base na criatividade), ao final dessa criação coletiva, o resultado, a história final, foi lida para as crianças e no fim cada um sintetizou a história com um desenho livre; no terceiro encontro foi a confecção dos personagens da história criada em fantoches, feitos por meio materiais recicláveis como caixa de leite, e garrafas PET, sacos de pão; o quarto encontro foi a continuação da construção dos personagens e no quinto encontro as crianças brincaram com os fantoches, imitaram os personagens da história, tiraram fotos, etc. 

Os resultados alcançados com a oficina foram bastante positivos. Inicialmente houve um pouco de resistência por parte das crianças, pois elas não estavam acostumadas com o hábito da leitura, com o trabalho em equipe, com seguir regras, como ouvir a história sentada na sua cadeira, depois usar os materiais sem desperdício, com foco nos personagens que a crianças se dispôs a confeccionar e por isso não estavam interessadas em participar, mas aos poucos foram aderindo e incorporando as atividades planejadas. No último dia em que a oficina foi aplicada, as crianças mostraram insatisfação pelo fim do projeto e perguntaram quando seria a próxima oficina.


Conclusões

Esse projeto é um projeto-piloto, no qual mantemos sempre o intuito de englobar nas oficinas diversão e aprendizagem, para que os alunos construam conhecimentos significativos de forma prazerosa. Não está ao nosso alcance resolver todos os problemas do CRIA, nem muito menos da sociedade, o que pretendemos com esta iniciativa é devolver à comunidade os conhecimentos adquiridos na universidade e no Programa de Educação Tutorial e ao mesmo tempo fazer deste projeto uma contribuição a mais para nossa formação.

Ao final, consideramos de extrema importância o que nos retrata Carvalho (2003)

Desde muito cedo, o jogo na vida da criança é de fundamental importância, pois, quando ela brinca, explora e manuseia tudo aquilo que está a sua volta, através de esforços físicos e mentais e sem se sentir coagida pelo adulto, começa a ter sentimento de liberdade. Portanto, dá real valor e atenção as atividades vivenciadas naquele instante. (p.14)

E acrescenta mais adiante, que:

 O ensino absorvido de maneira lúdica, passa a adquirir um aspecto significativo e afetivo no curso do desenvolvimento da inteligência da criança, já que ela se modifica de ato puramente transmissor a ato transformador em ludicidade, denotando-se portanto em jogo. (p. 28)

Referências

ALMEIDA, M. T. P. Jogos divertidos e brinquedos criativos. Petrópolis, RJ: Editora Vozes, 2004.
CARVALHO, A. M. C.et al. (Org.) Brincadeira e cultura:  viajando pelo Brasil que brinca. Vol 1 e 2. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2003.
VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente: o desenvolvimento dos processos psicológicos superiores. 4 ed. São Paulo: Martins Fontes, 1991.